domingo, 11 de maio de 2008

A Maior Ereção de Roberto Marinho e Cia


E neste fim de semana a cidade de São Paulo inaugurou mais um viaduto, digno de fazer parte do hall das grandes obras realizadas pelo zoerio da administração pública, a Ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira ou "O Estilingão", como foi batizada pelos populares. A desculpa para a monumental cagada com nome de magnata da imprensa foi a de reduzir os congestionamentos ocorridos no trajeto da marginal Pinheiros para a zona sul da cidade, um caminho bastante utilizado por gente muitíssimo pobre que trabalha ali na região da Berrini. Até aí tudo normal, não fosse o fato de que a verba da obra fora fruto de uma Operação Urbana com a nobre intenção de se fazer moradias um pouco menos indignas para a população que habita as favelas dessa mesma região onde se encontra tal ponte. Não fosse o bastante, a imponente estrutura de concreto com todo aquele seu tamanho e planejamento, dentre eles o de redução de impacto ambiental, não permite a passagem de pedestres, nem sequer de ciclistas.

O preço da piada? Mais de R$233 milhões (mais duas vidas de operários que ajudaram a enrijecer a genitália siamesa de concreto).

Só sei que compartilho da idéia no cartaz do manifestante abaixo:

Um comentário:

Camila Torrano disse...

"A Maior Ereção" uahahaha! Belo apelido...e triste tb, pq é como você falou: o mais absurdo é não espaço de travessia p/ pedestres/ciclistas. Não a utilizo e nem sei se realmente "relaxou" um pouco o trânsito da área...bem, mais uma das belas obras que integram a galeria de horrores de São Paulo.
Bjs!